De que forma o corpo de um indivíduo é animado para uma nova
encarnação como alma individual? Pessoa alguma não ascensionada poderá
calcular
a impressionante clareza dos vários cursos de trabalho necessários ao
preparo de um conjunto completo do corpo como moradia do espírito
durante uma passagem pela Terra.
Existem já bem conhecidos os quatro corpos: do pensamento, do
sentimento,
etérico e carnal ou físico. Estes corpos necessitam de uma estreita
cooperação nos menores trabalhos da matéria dos elementos nos quais
deverão funcionar. O homem admite, simplesmente, que veio à luz através
do nascimento, como por um milagre.
O corpo etérico: Muitos séculos de cuidado e esmero foram necessários para
chegar
a tanto no desenvolvimento do corpo etérico, até que ele fosse
suscetível de poder receber as vibrações da essência do ser espiritual. O
corpo etérico, após cada encarnação, não é formado de novo, porém é
novamente animado.
O corpo físico: Jamais a Consciência da Presença “EU SOU” penetra numa
encarnação.
Somente uma chispa dessa Presença age na forma carnal. Ela sempre
antecede o crescimento de um novo manto carnal, sob sua orientação”.
Durante a gestação deste caudal de vida, os pais também são vigiados.
Deus providenciou um “ser elemental” para cada corpo. Seu trabalho
consiste
em executar a natural função corporal e trazer a pequeníssima forma até
ao ponto em que a personalidade do ser possa assumir o controle do
corpo. Assim fica explicado porque muitas vezes uma alma encarnada não
possui pleno poder sobre seu corpo antes dos 14, 18 e às vezes 21 anos.
Algumas almas assumem a direção de seus corpos só quando as forças do
intelecto estão suficientemente desenvolvidas, de modo que o bom e
prático uso do corpo seja seguro.
Os construtores das formas escolhem os seres elementais da mesma esfera
e
do mesmo raio a que pertencem estas emanações de vida. Portanto, a
forma física se formou onde o próprio Ser Crístico pôde agir e exercer
sua função. O ser elemental foi instruído nos planos interiores. Atraiu
luz universal para executar um modelo – começando pelo modelo mais
simples de uma flor – até que lhes seja confiada a construção de um
Templo, no qual a Presença Divina possa habitar: O Ser Consciente do
Santo Cristo e a Chama Trina.
Antes da primeira encarnação, foi dada a cada emanação de vida um ser
elemental.
Nesta ocasião, foi realizada uma belíssima cerimônia, neste ritual, o
ser elemental foi animado para viver com esta emanação de vida durante
todo o tempo em que ela possuir o corpo carnal, e manter este corpo em
condições, enfim, de qualquer maneira prepará-la para ser um Templo
habitável para uso da Presença Divina.
No começo, a criação de um corpo é sempre um acontecimento alegre e
feliz.
A Presença Divina irradia de si a imortal Chama Trina ao CORAÇÃO DO
CORPO DE CARNE, e o ser elemental do corpo atrai os necessários
elementos construtivos e forma quase completamente o modelo do projeto
do próprio Santo Ser Crístico.
Outrora as formas corporais eram tão belas que não se podia
descrever. Reinava, realmente, uma belíssima Idade de Ouro. O modelo
escolhido pelo ser elemental era o corpo etérico. Ele representava a
plena glória do próprio Crísto. Desta maneira, era simples copiar as
maravilhas. O ser elemental habitava no Templo que ele construía. Como
uma boa dona de casa ou zeladora, mantinha as funções do
corpo em
ótimo estado e condições de trabalho (calorias, restauração,
circulação,etc.). Reinava alegria e bom entendimento entre a emanação de
vida e o ser elemental.
Quando o homem começou a experimentar a dissonância de sua força, criou em seu corpo etérico, formas impuras e distorções, e o ser elemental pertencente a este corpo ficou desorientado por causa da destruição de seu modelo. Em razão disso, o ser elemental, OBEDIENTEMENTE, transferiu estas deformações ao Corpo de Carne.
Assim fica explicado porque o Ser elemental revelou aversão à emanação de vida com a qual deve trabalhar! Muitos séculos esforçou-se em realizar no ser da emanação de vida o Propósito da Dividade. Esforçou-se muitíssimo contra o mau uso da vida, contra os vícios e ganâncias que o homem desenvolveu “na queda” deixando a pureza e misericórdia. Finalmente, o ser elemental não era mais o cooperador e auxiliar dedicado. Procurava uma oportunidade contra o bloqueio dos propósitos e dos planos do indivíduo rebelde.
Quando o homem houver atingido a Meta, uma vez que ele se esforçar em
viver
de acordo com a Lei da pureza e obediência ao Plano Divino, renunciando
às inclinações ou tendências que prejudicam ou destroem o corpo físico,
então será realizado o começo para uma nova camaradagem entre o homem e
o ser elemental de seu corpo.
Mas isto não acontece num instante – após séculos de maus tratos, leviandades, descuido, imprudência e abuso do Templo do corpo – que o ser elemental criou e manteve, o homem terá de esperar por um novo modelo para poder trazer a perfeição à luz.
Se a Chama Violeta for usada suficientemente, de modo que o
corpo etérico receba, novamente, seu Modelo Divino de Luz, então o ser
elemental
poderá retratar imediatamente este modelo no corpo. É evidente que é
necessária uma purificação da forma etérica, após vários
usos nas
incorporações da substância do próprio corpo etérico. O Fogo Violeta
deverá ser aplicado dinamicamente para que o corpo etérico se torne
claro, transparente e diáfano. Só assim, elevará sua vibração. Quando
isto for compreendido e realizado conscientemente, nós teremos novamente
“corpos saudáveis” – sem diagnósticos de doenças, decadência, enfim –
morte.
Do Livro “Haja Luz” 1956
Pelos Mestres Ascencionados
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